História da Mooca![]() Neste bairro está localizada a sede da Subprefeitura da Mooca e o campus da Universidade São Judas Tadeu. Como surgiuA Mooca se caracteriza por uma intensa ocupação de italianos, cujos descendentes não abandonaram o distrito. Um nome intimamente ligado a ele é o do italiano Rodolfo Crespi, dono da que chegou a ser a maior tecelagem de São Paulo, o Cotonifício Crespi, fundado em 1896. A imigração italiana está presente também nas tradições gastronômicas do bairro que, entre muitas cantinas, pizzarias e doçarias, conta com alguns importantes nomes, como a doceria Di Cunto, a pizzaria São Pedro, a Pizzaria do Ângelo e o restaurante Don Carlini. Outro símbolo da imigração italiana no bairro é o Clube Atlético Juventus, fundado no dia 20 de abril de 1924 por funcionários do Cotonifício Rodolfo Crespi. Os grandes patronos do Clube eram Rodolfo e o seu filho Adriano Crespi, italianos da cidade de Busto Arsizio, na província italiana de Varesi, próximo ao Piemonte. HistóriaFundaçãoApesar de sua história se confundir com a da própria cidade de São Paulo, não existem muitas referências a respeito da história da Mooca, um dos mais tradicionais e antigos bairros desta cidade. Mas, mesmo nas poucas referências encontradas, muitos fatos e detalhes interessantes e importantes são dignos de serem relatados. Pelo que se sabe, o dia 17 de agosto de 1556 é o marco do surgimento da Mooca. Nesse tempo, ou seja, apenas 56 anos após o descobrimento do Brasil, estas terras eram habitadas por índios, que se concentravam perto de um extenso rio, o Tamanduateí, e se espalhavam pela região adentro, que era rodeada por muitos riachos. No livro “A Igreja na História de São Paulo” a primeira referência ao bairro data de 1605, quando o local ainda era conhecido como Arraial de Nicolau Barreto, onde Brás Cubas construiu a capela de Santo Antônio, mais tarde transferida para a praça Patriarca. Segundo os historiadores, a região leste de São Paulo, onde se situa o bairro da Mooca, deve ter sido o local da maior concentração de índios de São Paulo e até do Brasil. O elemento indígena foi tão forte por aqui, que deixou sua lembrança até no nome do bairro: Mooca. Acredita-se que esta palavra indígena tenha surgido no século XVI, quando os primeiros habitantes brancos começaram a construir suas casas. Os índios, curiosos com a novidade exclamavam moo-oca (moo = "faz", oca = "casa") . Uma outra versão diz respeito a mesma expressão, mas relacionada ao fato de os jesuítas mandarem barro para seus colegas da região leste e estes ensinavam os índios a fazer casa, ou como já vimos, “moo-oca”, ou ainda o fato de que a presença do colonizador empurrou os índios para a outra margem do Tamanduateí, obrigando-os a construirem novas Ocas. Essa versão é injustificável, pois, como já visto, a região, de seca, não tinha nada.Visto que era cercada, além do rio Tamanduateí, pelo riacho do Ipiranga, rio Tatuapé, riacho da Mooca, Aricanduva e vários outros. Ainda hoje, muitos nomes de ruas do bairro têm sua origem em palavras indígenas: Javari, Taquari, Cassandoca, Itaqueri, Arariboia, Guaimbé, Tabajaras, Camé, Juatindiba e outras. Aliás, além do indígena, outro elemento foi importante na origem do bairro da Mooca: o rio. No início, esta região fazia parte das terras de João Ramalho, que nem chegara a tomar posse e, segundo conta a história, teria ajudado na catequisação e colonização dos índios. Em 1567, Brás Cubas recebe oficialmente do capitão-mor Jorge Ferreira a função de desbravar essas terras e fundar o Belém, Tatuapé e a Penha. Na região leste, logo se tomou conhecimento da tribo dos guaianases, do tronco tupi-guarani, que dominava o local. Para aqui se chegar saía-se da Freguesia Eclesiástica da Sé, descia-se a rua do Carmo, atingia-se a rua Tabatinguera até atingir uma ponte de madeira denominada Tabatinguera ou Ipiranga, chegando-se a uma trilha que se estendia até a Penha. Essa trilha feita pelos pés dos caminhantes – brancos e índios, animais e rodas dos carros de boi - se transformou no que é hoje a rua da Mooca. O tempo se passou. Nos fins do império, durante a primitiva República, a região possuía enormes casas, rodeadas por belas chácaras. Em 10 de agosto de 1867, a Câmara Municipal de São Paulo, então chamada de Câmara Régia, começou a doar terras para a formação de um povoado. Em 1869 já se notava muitas casas pequenas e pobres e, assim, o povoado foi crescendo. Ativismo políticoO bairro foi um dos principais cenários da atividade política e revolucionária no Brasil, decorrente de sua natureza industrial, cujos trabalhadores eram proletariados e imigrantes, oriundos de países com um emergente pensamento socialista. O ativismo comunista e anarquista era intenso.A confluência da Avenida Paes de Barros, Rua da Mooca, Rua Taquari e Rua do Oratório era conhecida como Praça Vermelha. Seus moradores também cruzaram o Tamanduateí e puderam participar da "Queda da Bastilha" no Bairro do Cambucí, ocorrida em 30 de Outubro de 1930, com a finalidade de por fim ao tratamento desumano da delegacia da Rua Barão de Jaguará, local onde eram confinados sindicalistas e "agitadores". HojeAssim, demonstrando toda essa característica contrastante, pode-se encontrar ainda hoje muitos casarões antigos, com suas fachadas em vários estilos, construídas pelos maestri, (os mestres construtores), adornadas de guirlandas e baixos relevos, objeto de admiração e estudo de novos e surpresos arquitetos, ao lado de modernas residências, assim como de estreitas ruas, típicas de velhas cidades da Europa, ao lado de largas avenidas. Segundo pesquisa do Jornal da Tarde : “com seus 7 quilômetros quadrados de área, e uma população de mais de 63.000 habitantes, é o bairro mais com a cara de São Paulo, sendo que as suas características correspondem exatamente à média da cidade”. A Mooca atual é um bairro completo e autônomo, que conserva suas características residenciais e familiares, sem abdicar de uma infra-estrutura moderna. É quase que como uma cidade do interior dentro da cidade grande. Os tempos românticos, dos bondes e dos “footings” já se foram, mas a Mooca continua e continuará sendo sempre a mesma: um lugar alegre, acolhedor e apaixonante. Seguindo, todavia, tendência existente para as grandes avenidas de São Paulo, a maioria dessas mansões cedeu espaço para modernos edifícios, alguns deles sofisticados, ou transformadas em estabelecimentos bancários e comerciais.Uma nova Mooca, porém, se ergueu nos últimos anos, nas cercanias do clube social do Juventus, com a construção de residências de alto padrão. Segundo especialistas do setor imobiliário, a Mooca vem passando por um processo de transformação imobiliária. As fábricas e indústrias de outrora cederam e continuam cedendo espaços para novos e diversificados empreendimentos imobiliários. Problemática contemporâneaAtualmente a região da Mooca enfrenta problemas relacionados à inadequação de parte de sua estrutura urbana aos novos usos e aos novos programas propostos para o bairro pela cidade, assim como questões ligadas à gentrificação, ou seja, à substituição dos perfis populacionais presentes no bairro e à eventual expulsão das populações de mais baixa renda. Em 2006 e 2007 a região assistiu ao conflito entre os movimentos de moradia e a população de classes alta e média da região pela definição no local de zonas especiais de interesse social (ZEIS), nas quais é deve predominar a construção de habitação de interesse social. Em 2007, o distrito também foi palco de uma disputa entre o CONPRESP (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio) e o mercado imobiliário interessado na construção de torres residenciais de alto e médio padrão na região Educação
A Mooca abriga a ETEC Prof. Camargo Aranha, considerada uma das melhores escolas públicas de ensino médio da Capital, que pertence ao Centro Paula Sousa. O bairro possui também duas escolas SENAI: SENAI Morvan Figueiredo e SENAI Teobaldo de Nigris. |
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